
o que é a Reflower?
A Reflower é uma comunidade de praticantes de meditação, mas também um centro contemplativo na ilha das Flores, no arquipélago dos Açores. Na ordem cronológica do tempo, a primeira vez que se falou em fazer um centro de meditação na ilha açoriana das Flores foi em agosto de 2016. Depois foi tudo muito rápido: nos primeiros dias de outubro desse ano, o Diogo e o Gustavo desembarcaram no aeroporto de Santa Cruz das Flores, alugaram um carro e fizeram-se ao caminho. O Diogo foi jornalista económico durante muitos anos, fundou e dirigiu o Jornal de Negócios, depois andou pela gestão de empresas. O Gustavo fez o curso de Direito, mas preferiu ser astrólogo e dar aulas. Os dois viveram, quando eram miúdos, a poucos metros um do outro no mesmo bairro às portas de Lisboa e até frequentaram a mesma escola, mas foi preciso chegarem até aqui para se aliarem num projeto comum. Em 27 de janeiro de 2017 assinaram os papéis que formalizaram a Reflower e as suas primeiras atividades iniciaram-se em março. Durante as suas primeiras semanas, as sessões de meditação da Reflower decorreram todos os sábados num dome (uma grande tenda) montado no restaurante Jardim dos Sentidos. “Meditação para todos” foi o mote inicial desta iniciativa: explicar às pessoas que meditar é uma coisa muito mais simples e inata do que alguma mistificação pode fazer crer.
Logo de seguida surgiu um convite para gravar uma série de 20 episódios num canal da televisão por cabo. O resultado final – disponível no canal Youtube da Reflower – está repleto de sugestões e dicas para iniciar uma prática meditativa, complementado com um conjunto de meditações guiadas. A dupla da Reflower aproveitou esta experiência para continuar a gravar mais vídeos, também colocados no Youtube e onde agora formam uma coleção alargada de conteúdos dedicados à meditação e temas conexos. Depois do verão desse ano, saltou-se para sessões públicas em grandes jardins de Lisboa, repletas de participantes cheios de entusiasmo e energia. Em outubro, aconteceu a primeira sessão de meditação fora da capital. Guimarães foi a cidade escolhida – literalmente tirada à sorte entre meia dúzia de papéis bem baralhados – e a audácia foi recompensada com um grupo de meia centena de participantes que encheram uma sala de um hotel vimaranense. Este sucesso provocou uma digressão que levou a Reflower até Aveiro, Sintra, Torres Vedras, Setúbal, Santarém, Braga, Porto, Leiria e novamente a Lisboa. Para experimentar horizontes internacionais, em março de 2018 o destino foi Berlim, onde se meditou com um grupo de portugueses e brasileiros aí residentes.
Estas sessões de meditação foram evoluindo de um formato de uma para quatro horas e, para além de uma explicação inicial sobre o que é meditação e a prática de exercícios de foco meditativo, passaram a incluir um espaço de partilha entre todos os participantes, bem como momentos alargados para aprofundar a intuição e compaixão. De repente, a Reflower já não falava apenas de meditação e começou a desenvolver uma maior componente de uma coisa que, à falta de melhor, se resolveu chamar terapia Reflower. Foi assim que se percebeu que a Reflower já não era apenas meditação, mas também um espaço para conversar sobre a vida de cada um e ajudar todos a encontrarem caminhos para reflorescerem.
Paralelamente, continuou o trabalho para o centro contemplativo nas Flores. Os dois foram retornando à ilha e descobriram o local certo para o projeto que têm em mãos (ainda é segrego). Talvez a missão da Reflower seja a de pegar numa pequena ilha encantada no meio do oceano Atlântico para aí abrir uma espécie de portal místico. Um templo de Salomão à escala dos nossos dias, onde os seres humanos se possam religar à sua essência divina. E também um refúgio para todos aqueles que apenas procuram encontrar paz e serenidade numa ilha encantada. E quanto à Reflower, nascida em circunstâncias quase oníricas, já saiu da sua infância e está agora como um adolescente à procura do melhor caminho. Não é que tenha dúvidas sobre até onde vai. Apenas o entusiasmo próprio de quem sabe estar a viver a maior aventura das suas vidas.